quarta-feira, 30 de março de 2011

Quando nos olhamos num espelho...

"Quando nos olhamos num espelho, pensamos que a imagem que temos diante de nós é exata. Porém, basta nos movermos um milímetro e a imagem muda. Estamos olhando, na verdade, para uma infindável gama de reflexos. Mas às vezes um escritor precisa quebrar o espelho - pois é do outro lado do espelho que a verdade nos encara. Apesar das enormes variáveis existentes, creio que a determinação intelectual destemida, inarredável e feroz, como cidadãos, de definir a verdade real de nossas vidas e de nossa sociedade, é uma obrigação crucial, que cabe a todos nós. Ela é, de fato, imperiosa. Se essa determinação não estiver incorporada à nossa visão política, não teremos esperança de restabelecer o que está quase perdido para nós -a dignidade humana."

(Harold Pinter)

terça-feira, 22 de março de 2011

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

"Too many guys think I'm a concept, or I complete them, or I'm gonna make them alive but I'm just a fucked-up girl who's lookin' for my own peace of mind"

Ultimamente!

É curioso essa paz que se instaurou dentro de mim há algum tempo. Paz, felicidade e um intenso desejo de modificar algumas coisas na minha vida. E confesso, meio que emocionada, que essas mudanças já começaram.

Uma delas é a forma que eu estou lidando com o meu desejo de movimento. O desejo de manter o corpo em movimento (e a preocupação com o proprio corpo). Passei um ano inteiro fazendo musculação, e olha, eu gostava, mas ainda não era aquilo que eu precisava.

Meu corpo parece querer gritar para se libertar. E eu não quero conter esse grito. Quero que todo ato corporal seja expressão. Expressão do quê? Do sentimento. Que sentimento? Não é exatamente o meu sentimento, é algo criado por um eu poetico e que confundo como meu na medida em que confundo o eu poetico com o eu Karina.

Eu tenho a necessidade de expressão. Auto-expressão.

E foi-se embora quase toda neura, quase toda birra com o meu corpo. Dane-se os padrões. (é.... regime também dane-se...)

Estou feliz com o meu corpo.

À margem do rio

À margem do rio, ela sentou e riu
à margem da vida, ela se revoltou
à margem da sociedade, acordou.

Ela tinha duas opções:
viver à margem ou viver para agradar os outros.

Ela optou por ser MARGINAL.