domingo, 30 de dezembro de 2012

Câncer




Eu tenho medo da quantidade de vezes que morro. Eventos e pessoas me matam aos poucos. Drenam minha energia, retiram alegria, esgotam aquilo que sou. Vão me tirando pedaços. Eu tenho medo de não cicatrizar, de me tirarem mais pedaços e não me sobrar nada. Eu tenho medeo de ser nada. Eu lembro da minha primeira decepção amorosa, e depois dela eu nunca mais fui a mesma. Não me sinto tão viva e feliz como eu tinha meus 19 anos. Ontem um amigo me disse que eu andava muito desanimada, e que ele sentia falta da Karina que ele conhecera há alguns meses, que eu era uma pessoa mais alegre.

Cada vez menos feliz... Sinto como se um câncer estivesse me levando, aos poucos.

domingo, 27 de novembro de 2011

Kokoro


Ai, quando menos se espera, vem aquele friozinho na barriga. O não saber o que falar e aquela insegurança. Um desejo imensurável e a sensação de que estou agindo feito criança. Como se quase 23 anos e toda minha experiência não fossem nada em algumas situações. E eu não tenho controle da situação.

...

Sábado de manha fui pra aula esperando prova, e no lugar disso encontro um rapaz falando pra sala sobre o shodo e o significado de alguns kanjis. Friamente, a tradução de kokoro seria coração. Mas, para quem entende realmente o japonês e seus kanjis compreende que essa palavra é mais do que coração, é algo entre coração, corpo e intelecto.

Kokoro. Acho que isso diz tudo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quando quero alguém é quase rezar para que o bendito adivinhe

-E como foi o teatro?
-Teatro? Quando?
-... Hoje??? Meu Deus, tirem esse copo dessa mulher...


(...)

A primeira regra não dita da noite era "não seja você". Entrarás por aquela porta e colocarás uma máscara. Vista sua personagem e espere.

Eu que nunca fui de pegar o dito mas não dito demorei para vestir a personagem. Demorei muito. Era tudo muito familiar mas tudo muito diferente. Eu lembrei por um momento das minhas poucas aulas sobre corpo neutro e interpretação de personagens. Lembrei e fiquei por um bom tempo neutra. "Festa estranha com gente esquisita?" - não, não era bem isso... Mas, diferentemente das outras noites, das outras baladas, naquela noite eu não fui abordada ou paquerada por homens...(tirando raras exceções)

-Você precisa se soltar - disse meu amigo.

-Eu sei, mas ninguém chegou em mim.

-Ahhhh, querida...Vai lá, lance uns olhares! O pessoal passou te olhando...

Olhares? Paquera? É engraçado repensar o assunto e ter consciência de que eu sou um zero a esquerda quando o assunto é paquera. Em parte por ser tímida e em parte por ser orgulhosa. Quando quero alguém é quase rezar para que o bendito adivinhe - porque eu não darei dicas, não lançarei olhares ou indiretas...

Eu estava numa situação nova, fazendo algo que nunca fiz antes: paquerando. Minha personagem lançava olhares de interesse até que... até que alguém respondeu por diversas vezes meus olhares! Mas se aproximar o bendito não se aproximava... O que fazer então?

Pode parecer simples para talvez todo o resto da população: chegue no rapaz. Mas, a minha pergunta interna era: como? Eu odeio as abordagens masculinas que começam com: puxões de cabelo, me pegar pela cintura, me puxar pelo braço... Então a questão na verdade era: como chegar sem ser agressiva?

Bom, a minha tentativa então foi: primeiro, continuar com os olhares; segundo, ir me aproximando. Fui aos pouquinhos. Fui me aproximando, dançando cada vez mais perto do corpo daquele homem e... Um beijo. Um beijo beeeem bobo, sabe?

Conclusão da noite: beijar homem gay nem sempre compensa...


Obs.: passei muito tempo sem escrever, logo, não sei se estou muito boa para contar histórias...

domingo, 2 de outubro de 2011

Nunca se sabe para onde te leva o abismo. E eu tenho medo de tudo aquilo que é inseguro.

Sou uma romantica. E ainda me dizem que isso é bom? Bom em que mundo, em que realidade? Talvez, em outra realidade isso fosse bom. Mas os romanticos esperam demais, sonham demais, idealizam demais. É doloroso. Eu quero muito, desejo muito. Sinto muito. Talvez se eu fosse mais anestesiada, quem sabe? Talvez se minha pele fosse mais dura e meu estomago mais insensivel. Mas eu não sou assim, e quase na maioria do tempo, eu não quero ser assim. Quero sentir mais, amar mais, desejar mais. Quero experiências plenas e vivências, indiferente de que o final seja bom ou ruim - feliz ou triste. Quero conseguir me jogar em todo abismo que me aparece na vida. Porque se o abismo é escuro e profundo, também é impossivel de se dizer o que se encontrará por lá. E se a minha felicidade estiver dentro de um abismo? Como fico eu?


Nunca se sabe para onde te leva o abismo. E eu tenho medo de tudo aquilo que é inseguro - o que de fato, eu sei, é ruim. Nós seres humanos nos enganamos frequentemente ao acreditar que alguma coisa nessa vida possa nos trazer segurança. Buscamos segurança no outro ao assumir a pessoa como namorado. A gente acha que o "título" namorado, irá impedir da pessoa ir embora. Ahhh, como nos enganamos com facilidade! Não existe segurança, pelo menos não esse tipo de segurança. Queremos casa própria e um bom emprego. E para quê?


A busca pela segurança enfraquece nossas experiências, ou mais: faça com que fujamos da experimentação.


Eu sou fraca com a minha insegurança. Eu sou tola com a minha timidez. Talvez o problema não seja ser romantica, mas sim, a falta de outras caracteristicas em mim... Talvez se eu fosse mais forte e não temesse a do...


A dor é eminente a todo ser que se deixa abrir a real experimentação do mundo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Palavras...

Eu sou uma sentimental que analisa virgulas - veja bem. Eu não analiso somente as palavras, mas até as virgulas! Você já parou para pensar que já chorei por causa de virgulas? Ou por causa de palavras tão pequeninhas que deveriam ser insignificantes? Se valorizássemos as palavras por seu tamanho, quem iria acreditar no enorme poder de palavras como "sim" ou "não"?

sábado, 20 de agosto de 2011

Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar.

"Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como?não sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais".

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tem gente querendo me podar, tem gente querendo me castrar, tem gente querendo me catequizar!

"A mão que toca um violão
Se for preciso faz a guerra
Mata o mundo, fere a terra
A voz que canta uma canção
Se for preciso canta um hino
Louva a morte"
(Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)

Depois de dois dias de "terapia intensiva", tenho que desabafar: tem gente querendo me podar, tem gente querendo me castrar, tem gente querendo me catequizar! O pior de tudo é que de início eu nem percebi, sabe? Chegam de mansinho, como se não quisessem nada, falam que querem o melhor para você. Mas não respeitam aquilo que você é.

Querendo ou não, parece um projeto de destruição da minha individualidade. E o sentimento que fica, que me fica, é que estão tentando me derrubar, me por pra baixo...

Olha, cansei. Já fiquei triste, já chorei, já discuti. Depois de me sentir uma puta barata, só posso dizer que não dá mais e vou mudar de postura. Não discutirei, não chorarei... Prefiro dar risada e entrar na dança. Às vezes a loucura é a melhor saída. Nada nesse mundo tem sentido mesmo, nessa sociedade...

Se cortaram meu coração em pedaços, só digo que sou eu que irei devorá-lo...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ternura e delirios

Eu passei uma vida inteira tentando endurecer corpo e coração.
Passei uma existência construindo muralhas.
Construí uma torre alta, cercada de espinhos. É lá que guardei o que eu tenho de mais precioso.

Aprendi a ser assim, dura na queda. Dura. Fechada. Mas o custo foi muito alto. Quando resolvi guardar o meu tesouro, escondi também a menina adolescente que tinha. A menina que se encantava com tudo. Eu era uma menina que não tinha medo e por isso me punha a correr por caminhos desconhecidos. Era menina e tinha como amiga a ternura...

As circunstancias não são das mais amigas. e mesmo assim, eu to na tentativa de recuperar a menina e seu tesouro. Nessa empreitada, eu tenho uma amiga como conselheira e guia. Me pergunto se ela sabe como ela é incrível e se sabe como eu acho belas as histórias dela.

Essa minha amiga é uma menina em flor. E há tempos que eu penso que preciso aprender muito com ela. Aprender na imperfeição dela, juntando nossas imperfeições na tentativa de viver. Porque viver é imperfeito - e o imperfeito é lindo.

domingo, 17 de julho de 2011

Não é para ter sentido, é para ser vida.

Humor e desespero unidos em um momento
Entre o grito e o riso eu sigo
Será importante o que eu sinto
Fora da pessoa que eu sou?

A vida me parece nada mais do que arte barroca
Extremos sempre se entrelaçando,
laçadas mal feitas não pedidas.

Não é para ter sentido, é para ser vida.
A vida não tem sentido
e problema é do homem se este lhe tenta dar sentido.

A vida não tem sentido, tem desejo.
Eu tenho a fé de que no final somos o que desejamos.
(Quando temos desejos)

Mas, e as pessoas que não desejam?
O que são?
Eu não sei.

Eu sou desejo. Ele me toma e me deforma.
Eu sou desejo. Tudo ao seu tempo.
Mas meu tempo vem.
Sempre.

Eu sou potência, vontade de ser.
Vibro por dentro e já não sei
verbalizar o que se passa em mim.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A falta de água na Prefeitura de Piracicaba

Hoje, na Prefeitura de Piracicaba, há água do 5º para cima. Para quem não sabe, a Prefeitura está sem água desde sexta-feira. Quando eu digo sem água, eu quero dizer que desde sexta não há como utilizar os sanitários ou lavar as mãos. E, mesmo assim, os funcionários tiveram que trabalhar.

Para mim, essa descoberta (da falta de água) veio na segunda de manhã: a primeira coisa que eu faço quando chego é passar no banheiro e lavar as mãos (hábito de quem utiliza tranporte público). Como sempre, eu coloquei sabão na mão e quando procurei por água não encontrei (ou melhor, encontrei dentro da minha bolsa). ok. Mais tarde, precisei fazer xixi - e não tive outra alternativa a não ser urinar em cima do xixi de um estranho. Quando eu fiz isso pela manhã, foi nojento. Mas, aceitei a precariedade da situação e sem outra opção fiz mesmo. Mas, por volta das 13 horas, quando precisei utilizar o banheiro novamente, a situação estava insuportável. Olha, eu até tentei, viu, mas, a vontade era de vomitar.

A minha situação foi essa, mas a precariedade não para por aí. Hoje de manhã eu soube que ontem, no final da tarde, veio um caminhão pipa na prefeitura. Adivinhem o que aconteceu? As mulheres da limpeza foram obrigadas a pegar com baldes a água para poderem limpar o prédio (principalmente os banheiros - porque o mal cheiro destes antes mesmo do meio-dia de ontem era insuportável e invadia os ambientes ao lado). Digo obrigadas mesmo - porque imagina ter que trabalhar assim - mas, como são tercerizadas, o medo de perder o emprego é grande.

Para os funcionários (concursados, tercerizados ou mesmo comissionados), não há falta maior de estimulo do que isso: esse descaso com o nosso bem-estar.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

As melhores musicas de um álbum, as melhores pessoas de nossas vidas

Eu não sei se isso acontece com todo mundo, mas quando eu compro um cd, sempre tem uma musica que de cara eu acho super legal. Mas, depois de um tempo (um tempo de uma semana ou meses - nunca dá para determinar esse tempo), eu acabo me apaixonando por outra música que de início eu nem havia escutado direito. Que de início, eu nem achava legal. E no fim das contas, é a música que mais escuto. Repetitivamente. É a que eu escuto sempre antes das outras.

As melhores músicas que cheguei a conhecer foram justamente aquelas que por último notei. São canções nada obvias, especiais, viciantes...

Aí, eu me questiono, e quando se trata de pessoas: como conhecemos as pessoas que se tornam essências em nossas vidas?

domingo, 5 de junho de 2011

"Pergunte pr'o seu Orixá, o amor só é bom se doer"

"Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer"

(Vinicius de Moraes)

Toda menina um dia sonhou
com príncipe encantado e amor
Mas neste mundo que mais parece uma peça de teatro
Quem consegue ficar com o sapatinho de cristal intacto?

Sapato se quebra, a menina já era
Então ela veste a máscara mulher
e finge que viver essa ciranda é tudo o que quer

Diz talvez, diz não
Nega interesse, nega desejo
nega o tesão
Põe na gaveta o coração
Põe o corpo em negociação

Menina e coração perdidos dentro da mulher
e ela mesma já não sabe quem é
se põe no alto, intocável por qualquer sentimento
dor, decepção, loucura, tristeza, amor, medo...

Amor?
Como amar evitando a dor?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Porque era ela, porque era eu (desejo, atração e amor)

"Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu"

(Porque era ela, porque era eu - Chico Buarque)



Ontem, conversando com uma amiga, cheguei à conclusão de que aquilo que nos atraí às vezes é diferente do que realmente desejamos. E, aquilo que idealizamos é diferente do que amamos. Porque na verdade, como dizia um poeta,"porque era ela, porque era eu" explica o amor. Simples (ou complicado) assim.

Ontem, eu botei no papel o "homem perfeito" (perfeito para mim, porque, diga-se de passagem, o homem perfeição deve ser um chato - eu apenas expliquei aquilo que me agrada e que se encaixa em mim). Inteligente e sensivel já é um requisito que exclui quase toda a população masculina. E ainda por cima tenho lá outras idealizações (construções dos meus antigos relacionamentos somado à delírios cotidianos). Mas, o engraçado é que eu sei que para que eu ame nada disso é necessário. E, às vezes, aparecem tantos desse "homem perfeito" e nada dentro de mim queima por eles...

domingo, 22 de maio de 2011

Limão, meu amigo

Limãozinho do meu coração
Que guarda um doce em seu sabor
Sabor doce escondido para espantar
quem não merece seu amor.

Limãozinho do meu coração
Não exprema a casca procurando suco
Porque é a casca que azeda a caipirinha
Seja assim então limonada suiça

Limão, limãozinho, meu irmão, meu amigo
o mundo é cinza e apenas os sonhos são coloridos
O que torna o mundo lindo é nossa construção do mundo.
Nossos amigos, nossa realização de desejos e sonhos.
O que torna tudo lindo é se chegar a ser o que se é.
Intensamente, sem trair a si mesmo, sem desistir de si mesmo.

(poema prum amigo pessimista, companheiro de barco)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Compaixão (A insustentável leveza do ser)

"Todas as línguas derivadas do latim formam a palavra “compaixão” com o prefixo com — e a raiz passio, que originalmente significa “sofrimento”. Em outras línguas, por exemplo em tcheco, em polonês, em alemão, em sueco, essa palavra se traduz por um substantivo formado com um prefixo equivalente seguido da palavra “sentimento” (em tcheco: soucit; em polonês: wspol-czucie; em alemão: Mitgefühl; em sueco: med-känsla).

Nas línguas derivadas do latim, a palavra compaixão significa que não se pode olhar o sofrimento do próximo com o coração frio, em outras palavras: sentimos simpatia por quem sofre. Uma outra palavra que tem mais ou menos o mesmo significado: piedade (em inglês pity, em italiano pietà, etc.), sugere mesmo uma espécie de indulgência em relação ao ser que sofre. Ter piedade de uma mulher significa sentir-se mais favorecido do que ela, é inclinar-se, abaixar-se até ela.

É por isso que a palavra compaixão inspira, em geral, desconfiança; designa um sentimento considerado de segunda ordem que não tem muito a ver com o amor. Amar alguém por compaixão não é amar de verdade.

Nas línguas que formam a palavra compaixão não com a raiz “passio: sofrimento”, mas com o substantivo “sentimento”, a palavra é empregada mais ou menos no mesmo sentido, mas dificilmente se pode dizer que ela designa um sentimento mau ou medíocre. A força secreta de sua etimologia banha a palavra com uma outra luz e lhe dá um sentido mais amplo: ter compaixão (co-sentimento) é poder viver com alguém sua infelicidade, mas é também sentir com esse alguém qualquer outra emoção: alegria, angústia, felicidade, dor. Essa compaixão (no sentido de soucit, wspol-czucie, Mitgefühl, med-känsla) designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afetiva — a arte da telepatia das emoções. Na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento supremo."

(A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)