domingo, 30 de dezembro de 2012

Câncer




Eu tenho medo da quantidade de vezes que morro. Eventos e pessoas me matam aos poucos. Drenam minha energia, retiram alegria, esgotam aquilo que sou. Vão me tirando pedaços. Eu tenho medo de não cicatrizar, de me tirarem mais pedaços e não me sobrar nada. Eu tenho medeo de ser nada. Eu lembro da minha primeira decepção amorosa, e depois dela eu nunca mais fui a mesma. Não me sinto tão viva e feliz como eu tinha meus 19 anos. Ontem um amigo me disse que eu andava muito desanimada, e que ele sentia falta da Karina que ele conhecera há alguns meses, que eu era uma pessoa mais alegre.

Cada vez menos feliz... Sinto como se um câncer estivesse me levando, aos poucos.

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