segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ternura e delirios

Eu passei uma vida inteira tentando endurecer corpo e coração.
Passei uma existência construindo muralhas.
Construí uma torre alta, cercada de espinhos. É lá que guardei o que eu tenho de mais precioso.

Aprendi a ser assim, dura na queda. Dura. Fechada. Mas o custo foi muito alto. Quando resolvi guardar o meu tesouro, escondi também a menina adolescente que tinha. A menina que se encantava com tudo. Eu era uma menina que não tinha medo e por isso me punha a correr por caminhos desconhecidos. Era menina e tinha como amiga a ternura...

As circunstancias não são das mais amigas. e mesmo assim, eu to na tentativa de recuperar a menina e seu tesouro. Nessa empreitada, eu tenho uma amiga como conselheira e guia. Me pergunto se ela sabe como ela é incrível e se sabe como eu acho belas as histórias dela.

Essa minha amiga é uma menina em flor. E há tempos que eu penso que preciso aprender muito com ela. Aprender na imperfeição dela, juntando nossas imperfeições na tentativa de viver. Porque viver é imperfeito - e o imperfeito é lindo.

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