quinta-feira, 9 de setembro de 2010

E com pimenta.

Eu não entendo os homens. E acho que nunca irei entender. Algumas situações são tão visivelmente ridículas, que não vejo porque provocá-las...

Já é conversa batida de que homem não presta e de que nós mulheres somos umas santas, umas pobres coitadas que sempre caímos na lábia deles(em alguns casos, para alguns homens, parece que há somente as santinhas e as piriguetes...). Mentira. Tudo bem que tem homem que não presta, mas também tem mulheres que não prestam. A diferença é que nós mulheres, quando queremos, somos boas atrizes. Então, embora não espere nenhuma especie de santidade envolvendo esse gênero, eu ainda me revolto com algumas situações.

No último final de semana, eu fiquei hospedada na casa do meu pai. No prédio, há uma pequena e debilitada acadêmia. Eu, na minha atual situação, resolvi que seria muito bom ficar um tempo na bicicleta. E lá fui eu, acompanhada na minha fiel escudeira, minha irmã. Chegando lá, havia um rapaz que estava pegando peso. Eu na minha, conversando com a Gi, e ele lá com os pesinhos dele gemendo. Não sei se para ele malhar é algo super prazeroso ou se ele estava simulando gritinhos de prazer por causa da nossa presença... Só sei que depois de um tempo, estávamos conversando, eu e ele (minha irmã tinha ido pegar água, à pedido dele, numa outra parte do prédio) e ele me vem com uma conversa de que a namorada dele vive dizendo que estava cansada e acaba não “comparecendo”. Ele então conclui que se alguém está a fim de transar com ele e a namorada dele não, por que não transar? Eu respondi que não era por aí e estava quase destrinchando meu papo de como a sinceridade num relacionamento é importante e coisa e tal, quando a namorada dele chegou. Bonito, né?

Aquele papo todo me soou como “eu quero sexo” (me desculpe quem pensar ao contrário, mas foi a ideia que ele me passou, principalmente porque toda hora parecia que ele tinha que mexer no amiguinho dele, tava sem camisa e ficou botando o bedelho no meu treino), como se essa “necessidade” fosse inerente do sexo masculino e de que alguém teria que saná-la. Pouco importa se ele assumiu certos compromissos, se ele prometeu coisas. Pouco importa o amor, um relacionamento saudável e o companheirismo. Então eu me pergunto, para que namorar se não for entrar nele de cabeça?

Tudo bem. Eu não sou uma boa menina, nunca fui. E, como uma amiga minha disse, eu não sou do tipo que namora. E sabe o por quê? Porque eu me conheço bem, porque eu sou sincera e no momento faço as coisas como me “dá na telha”. Porque quando eu quiser namorar, vou honrar esse compromisso, porque serei cegamente leal e companheira. Porque eu não mentirei. E, porque, não quero viver uma peça de teatro, bem ou mal interpretada. Eu quero a realidade. Nua, crua. E com pimenta.

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